quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SAW - «I want to play a game» - Parte 2

Tal como prometido, cá está a segunda parte da minha aventura de Halloween!


Podem reler ou ler a primeira parte aqui.

[CONTÉM SPOILERS]

Saw V - A Sucessão (2008):


Jogo paralelo à acção principal: Grupo de 5 pessoas a ser testadas numa casa. O jogo foi todo elaborado para que chegassem as 5 vivas ao final, porém estas sucumbiram ao «instinto natural» e em cada fase era morta uma pessoa. Apenas 2 sobreviveram.


O Agente Strahm (Scott Patterson) quando encontra o corpo de John (Tobin Bell) é testado. Este, graças ao seu sangre frio consegue sobreviver. O que não era suposto acontecer, era suposto morrer e Hoffman (Costas Mandylor) sairia como o Herói da história, tendo salvo a filha de Jeff (Angus Macfadyen), se bem se lembram estava em paradeiro desconhecido (Saw III).


Somos transportados para uma sala na qual um homem está a ser testado e, como não se conseguiu libertar a tempo é cortado ao meio. Este teste foi engendrado por Hoffman, mas por conta própria, foi feito para parecer um crime cometido por «Jigsaw». O homem testado tinha morto a sua irmã. Depois deste episódio John recruta-o para seu ajudante. 

Jill Tucker (Betsy Russell) recebe uma caixa misteriosa, herança do seu falecido ex-marido, John

O filme gira todo em volta do facto de Hoffman se ter juntado a John, como este o ajudou em alguns teste, inclusive no teste final de Amanda (Saw III) e de como ele estaria a ser preparado para ser o dono do seu legado.


No final, Hoffman faz de tudo para parecer que Strahm é o culpado e colaborador de «Jigsaw». Este morre num teste organizado por Hoffman que é, supostamente, o novo «Jigsaw». 

Saw VI - Jogos Mortais (2009):


Jogo paralelo à acção principal: Will (Peter Outerbridge), de uma seguradora de saúde, é testado. Marido de uma jornalista que acompanha de perto o caso «Jigsaw». Morre depois da família, também em jogo, de um cliente que Will recusou assegurar (e por não conseguir pagar uma operação da qual precisava morreu) puxar uma alavanca que determinava a morte deste. 

Novamente, a trama é sobre Hoffman, que continua a arranjar provas que culpem o agente Strahm, nomeadamente andar com a mão do falecido a colocar impressões digitais em todos os jogos de «Jigsaw» (que inteligente! xD). 

Jill Tuck, ex-mulher de John, ganha protagonismo. A caixa misteriosa continha uma série de ficheiros que esta dá a Hoffman (para elaborar teste de Will), porém, Jill, guarda um dos ficheiros, o número 6 (coincidência? Saw VI (6); ficheiro 6...tudo pensado ao pormenor!).


O ficheiro 6 era um teste para Hoffman, e Jill executa-o: o teste é o da nossa adorada «armadilha do urso reversa». Este, inteligente, como não encontra uma chave para se libertar (nem era suposto encontrar, era mesmo para morrer de vez), mesmo antes da armadilhar se activar, este consegue prende-la numas grades e ela abre de maneira a que este consiga escapar, apesar de lhe rasgar parte da cara (uma imagem bonita de se ver --").


Será que Hoffman sobrevive?? 

Saw VII 3D - O Capítulo Final (2010):


Jogo paralelo à acção principal: Bobby (Sean Patrick Flanery),supostamente já foi testado por «Jigsaw» ou pelo menos é o que este diz para poder ganhar dinheiro. Ele, na verdade, nunca foi testado. Chegou a altura de ser realmente posto à prova. Aliás o seu último desafio é o mesmo que ele se gaba de ter sobrevivido. 


Pois bem, voltando à história principal: Hoffman não morre e jura vingança a Jill. Por sua vez esta, cheia de medo, vai ter com o Agente Gibson (Chad Donella) para a defender e revela-lhe que Hoffman é quem está por trás dos crimes de «Jigsaw». 

O filme gira todo em torno das tentavas de Hoffman se vingar, tanto da polícia como de Jill. No fim consegue, de facto, matá-la, com que teste? Exacto, a «armadilha do urso reversa», a preferida e mais utilizada nos jogos (Amanda (Shawnee Smith), Hoffman e Jill).


Lembram-se do Dr. Gordon (Cary Elwes)? Forçado a cortar a sua própria perna para poder sobreviver no primeiro capítulo desta saga, reaparece. Este mata Hoffman, porquê? Este estava incumbido por John de proteger Jill e caso lhe acontecesse alguma coisa ele podia agir em seu nome.


Gordon esteve sempre ao lado de Jonh, é ele o mais fiel colaborador (desde que passou o seu teste) e o detentor final do legado de «Jigsaw». Se bem se lembram este já havia sido suspeito de ser ele próprio o «Jigsaw» (primeiro Saw, antes de ter sido testado). Parece que o Suspeito se torna Culpado. 

«Game Over»


Espero que tenham gostado!

Carina Diogo

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

SAW - «I want to play a game» - Parte 1

Bem sei que em Portugal não se festeja o Halloween, mas sendo eu uma amante de filmes de terror (ou de carnificina pura, neste caso) decidi vivê-lo com uma boa maratona de Saw.


Porquê o Saw?? Bem, não sei como é com vocês, mas à pelo menos 2 anos que não sai nenhum capítulo desta sangrenta saga e portanto quando falo ou penso nos filmes a memória falha-me e baralho muito os filmes. Baralho a cronologia toda, não me lembro dos «jogos» todos... e como todos os amantes de Saw sabem estas são as peças fundamentais para perceber esta saga.

Assim, aventurei-me! Numa semana revi todos os filmes desta sádica e genial saga. Não me vou alongar demasiadamente apenas me vou focar no mais importante de cada filme para consegui montar o puzzle por detrás da história. Para não ficar uma publicação muito longa decidi repartir os filmes em duas partes.

[CONTÉM SPOILERS]

Saw - Enigma Mortal (2004):


No primeiro capítulo somos levados para uma casa-de-banho na qual jaz um Homem com um gravador numa mão e uma pistola na outra. Neste mesmo espaço estão mais dois Homens presos pelo pé: são Adam (Leigh Whannell) e Dr. Gordon (Cary Elwes).

Nenhum deles sabe como ou porque foram lá parar, ou o que está sequer a acontecer. Dr. Gordon é quem descobre primeiro o enigma e diz a Adam que aquilo é um jogo proporcionado por «Jigsaw» (Tobin Bell).

O tempo volta atrás 5 meses para Gordon poder explicar a Adam o que está a acontecer com eles.
O aclamado «Jigsaw» é alguém que coloca pessoas em jogos nos quais estas têm de lutar pelas suas vidas, à sempre um modo de escapar à morte e ele não mata nem obriga ninguém a matar-se, é o jogo que o faz. E porquê testar estes comuns mortais? Porque, segundo ele estes não dão valor à vida.

Gordon foi ele próprio suspeito de cometer estes crimes. Médico, casado e com uma filha, foi encontrada uma prova num jogo que terminou, como acontece habitualmente, em morte que o liga a este crime.

É nesta fase que conhecemos Amanda (Shawnee Smith). Ex-toxicodependente, diz ter sido salva por «Jigsaw» quando este a colocou à prova e ela saiu viva para contar a história. Amanda tem um minuto para se libertar da «armadilha do urso reversa», como o nome indica, funciona ao contrario da maioria das armadilhas. Em vez que fechar para apanhar algo, o pior pesadelo de quem está preso nela é que esta abra, pois quando isso acontece...bem...acho que percebem pela imagem.


Porém, Amanda, depois de achar uma chave, que estava dentro do estômago de um Homem VIVO, consegue libertar-se e sobrevive.

Voltando ao presente, a família de Dr. Gordon foram feitas reféns de Zep (Michael Emerson) também ele num «jogo»: corre-lhe um veneno nas veias que só «Jigsaw» tem o antídoto.  Gordon ao saber disto e depois de um telefonema no qual ouve «disparos» entra em desespero e com a ajuda de uma serra fornecida por «Jigsaw» (how sweet is that?? xD) corta o próprio pé para se libertar. Promete voltar com ajuda para libertar Adam.

Mas este não vai ter tanta sorte: o Homem, supostamente morto na casa-de-banho, está afinal vivo e é o próprio «Jigsaw». Este abandona Adam na casa-de-banho, condenando-o à morte.

E Dr. Gordon?? Isso são cenas dos próximos capítulos.

Saw II - A Experiência do Medo (2005):


Jogo paralelo à acção principal: 6 pessoas numa casa expostas a um gás mortífero. Para obterem antídotos que os ajuda a sobreviver a este gás têm de completar vários desafios.
Entre estes 6 anónimos está Daniel (Erik Knudsen), filho do Detective Eric Matthews (Donnie Wahlberg) que anda a tentar desvendar quem é «Jigsaw».

Eric encontra «Jigsaw» (cujo nome próprio é John Tucker) e é o próprio que lhe diz que o filho está a ser testado.


Quem também foi posta à prova pela segunda vez é Amanda (sobrevivente da «armadilha do urso reversa»), desta vez por esta se andar a automutilar. Desrespeitar o corpo não é aceitável para o «justiceiro Jigsaw».


Eric, depois de utilizar meios de persuasão muito eficazes, ou seja, depois de lhe oferecer uma valente tareia, consegue que «Jigsaw» o leve à casa onde está a decorrer o jogo.
Porém, isto não correr muito bem para o Detective: «Jigsaw» pediu para este o ouvir, e se este o fizesse Daniel seria entregue são e salvo ao pai. Como é que «Jigsaw» podia garantir isto? O teste de Daniel e dos outros 5 não estava a acontecer em tempo real. Isto foi tudo engendrado para levar Eric ao local do «jogo» para ser ele o primeiro testado de Amanda (absolutamente genial e perverso).

É verdade, Amanda apenas estava no jogo para se certificar que as «regras» eram cumpridas, nunca esteve em risco. Ela é a mais nova colaboradora de «Jigsaw» e é ela quem vai ficar responsável pelos «Puzzles» pois John está a morrer de cancro.

Eric fica preso na casa-de-banho onde decorreu o teste de Adam e Lawrence. Será que morreu??

Saw III - O Legado (2006):


Jogo paralelo à acção principal: Jeff (Angus Macfadyen) tem de passar uma série de desafios para chegar ao Homem que assassinou o seu filho. Foi posto à prova por estar demasiadamente agarrado à vingança, não conseguindo ultrapassar a morte do filho.

Como se soube no filme anterior, John Jigsaw») estava a morrer vitima de cancro,  posto isto, este escolhe uma médica para o colocar fora de perigo Lynn (Bahar Soomekh) é a médica escolhida para o feito. Óbvio que ela vai ser vitima de um jogo: é-lhe colocado uma espécie de «colar» que está ligado ao batimento cardíaco de John, se o seu coração parar de bater antes que Jeff complete o seu teste, o colar explode e ela, bem...acho que sabem a consequência.


No fim, à uma reviravolta, na minha opinião, brilhante: isto era tudo um teste para Amanda, que «Jigsaw» achava demasiado sentimental para ser dona do seu legado.

Antes de saber disto, Amanda, cheia de ciúmes da relação estabelecida no momento entre John e Lynn manda um tiro à médica, que é, na verdade, mulher de Jeff.
Jeff ao deparar-se com a sua mulher nos seus braços entre a vida e a morte dá um tiro a Amanda e é quando esta sabe que estava a ser testada. Amanda morre.

Jeff é posto de novo à prova: John diz-lhe que este não o pode matar se quer que Lynn sobreviva. Será que ele é capaz de perdoar, ou o teste a que foi submetido anteriormente de nada serviu?
Ele perdoa, mas isso não o impede de degolar John. Este revela-lhe por uma mensagem anteriormente gravada (este homem pensa mesmo em tudo!) o porquê deste não o poder matar. Lynn morre quando o batimento cardíaco de John pára.

O que aconteceu a Jeff?? Soubemos também que a sua filha foi feita refém de John e apenas ele sabe o paradeiro dela, será que Jeff, ao ter morto John a condenou à morte também??

Saw IV - A Revelação (2007):


Jogo paralelo à acção principal: Agente Rigg (Lyriq Bent) é testado e é-lhe pedido para agir como se do próprio «Jigsaw» se tratasse. É o suspeito principal de ser o colaborador de John, muito por este jogo e pelo facto de parte dos seus colegas terem morrido nas mãos do «Jigsaw». O seu teste consiste em passar por uma série de desafios, que consistem em ele próprio testar outras pessoas segundo as direcções de John. É-lhe dito que se ele terminar com sucesso o teste poderá libertar o seu colega e amigo Detective Eric Mathews (fica preso no final do Saw II). 

A trama começa com a autópsia ao corpo de John Tucker Jigsaw») No seu estômago encontram uma cassete dirigida ao Detective Hoffman (Costas Mandylor

Sabemos, mais tarde que o teste a Rigg está a acontecer ao mesmo tempo que o teste de Jeff, Lynn e Amanda (Saw III).

Rigg falha o seu teste, não teve a «paciência» requerida por «Jigsaw» e ao entrar na sala onde estavam Eric, Hoffman e Art (Louis Ferreira - advogado de Jill Tucker (Betsy Russell), ex-mulher de John) provocou a morte imediata do colega (havia sido revelado que se a porta fosse aberta antes do tempo de Rigg acabar, a cabeça de Matthews seria esmagada por blocos de gelo e Hoffman seria electrocutado por um aparelho).


Rigg corre pela porta restando apenas um segundo; Matthews tenta impedi-lo com um tiro, mas acaba morto. Rigg atira em Art, enquanto que noutra sala, o Agente Strahm (Scott Patterson - quem lidera as operações de busca de Rigg e de «Jigsaw») mata Jeff sem saber que ele está à procura da sua filha. 

Hoffman, que na verdade nunca esteve em perigo, levanta-se e tranca Rigg e Strahm na fábrica, mostrando que este é mais um dos colaboradores de «Jigsaw». 

O filme mostra novamente a cena da autópsia do início, revelando que a mesma ocorreu após os eventos mostrados. Hoffman ouve que os jogos apenas começaram, que está errado em acreditar que tudo acabou por causa da morte de «Jigsaw», e que ele não deveria pensar que não será testado.


O que acontecerá a Strahm e Rigg??

Espero que tenham gostado e não percam a próxima publicação!

Carina Diogo

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A Branca de Neve e o Caçador

Título original: Snow White and the Huntsman
Elenco principal: Charlize Theron, Kristen Stewart e Chris Hemsworth
Realizador: Rupert Sanders


«Lips red as blood, hair black as night, bring me your heart, my dear, dear Snow White.»

Charlize Theron, Queen Ravenna


Decididamente vamos continuar com os contos de fadas (qualquer dia mudo o nome do blogue para «Princesas e Rainhas super Más!»).

Apesar do post anterior ser também ele sobre a Branca de Neve (não percebo a fixação nela...people de Hollywood: há mais princesas! wow!) este filme é bastante diferente. Sim, ambos focam a vertente bélica do conto de fadas, porém em Mirror Mirror temos um filme divertido para miúdos e graúdos, no qual mandamos uma boas gargalhadas com a nossa querida Julia Roberts, magnifica no papel de Rainha Má; esta versão é muito mais «fria», não há grandes momentos para mandar gargalhadas, porque aqui a Rainha é mesmo má, mais parecida com Lana Parrilla, a Regina de Once Upon a Time.


A Rainha Ravenna é calculista e maléfica, cuja sua «beleza e juventude eterna» precisa de almas jovens, de vez em quando, para a manter (assim também eu!). Como é claro a beleza extrema de Branca de Neve vai acelerar o processo de envelhecimento da Rainha, por isso ela precisar dela morta, sem a beleza de Branca de Neve a ofuscar a sua, Ravenna não precisará mais de recorrer às pobres almas de inocentes, mas belíssimas, jovens.


Bem, tal como o nome do filme indica, nesta versão o Caçador assume extrema importância, sendo uma das personagens principais. Este vai ajudar a Branca de Neve a preparar-se para a Batalha das Batalhas contra a maléfica Rainha. Vai tornar-se no mais fiel companheiro de Branca de Neve, batalhando ao seu lado. E, na minha visão, acho mesmo que ela se apaixonou por ele (Hello!! Quem não se apaixonaria?!?!) em vez de se apaixonar pelo seu príncipe, muito apagado neste filme. Mas estas suposições ficam para a segunda parte deste filme, sim fala-se em Snow White and the Huntsman 2 (esperemos que o caso «Robsten» e Sanders não ponha em causa a sequela, o que, na minha opinião, seria ridículo.)


Passando à análise mais concreta das personagens:

Queen Ravenna (Charlize Theron): Mais uma vez, a Rainha Má ofuscou a bela Branca de Neve! Quem não se arrepiou com a voz grave e intensa de Charlize Theron na conhecida quote: «Mirror, mirror on the wall. Who is fairest of them all?»? O desempenho da actriz foi soberbo, fenomenal mesmo! Com uma expressão grave, cruel, imponente e perversa, isto sim, é uma Evil Queen ao estilo do conhecido conto de fadas.


Snow White (Kristen Stewart): Não obstante o facto de Charlize Theron ter retirado todo o protagonismo à Branca de Neve, isto não quer dizer que a performance de Kristen tenha sido menos boa, muito pelo contrário, achei que a actriz esteve bastante bem no papel! Ela fez uma Branca de Neve quase perfeita, atrevo-me a dizê-lo. Uma brilhante passagem de uma Branca de Neve sonsa para uma verdadeira lutadora! A menina da saga Twilight apresenta-se como uma versão alternativamente bela de Branca de Neve com o tom sereno que o público já lhe reconhece e uma subtileza incrivelmente notável. E isto denota-se no momento final, cheio de suspense em que todos nós estamos à espera de uma frase emblemática e de encorajamento e bravura, esta limita-se a erguer-se em silêncio e faz uma troca de olhares com o Caçador e o filme acaba. Na minha opinião, apesar de sem palavras, esta cena está muito forte e bem conseguida, mantendo-nos no suspense e mantendo o filme em aberto, talvez preparando-nos para a sequela? Portanto: Well done Kristen!


The Huntsman (Chris Hemsworth): Chris Hemsworth esteve também ele muito bem no filme, mostrou-nos mais uma vez ser uma grande promessa da sua geração! Afinal é ele o grande salvador da nossa princesa! Uma personagem forte marcada por um passado cruel por causa da Rainha, e por isto mesmo é ele o escolhido para a caça do coração de Branca de Neve (numa perspectiva mais romântica é mesmo o que acaba por fazer!). Chris Hemsworth mostra-se capaz de envergar diferentes facetas como caçador, homem apaixonado, lutador e detentor de um certo sarcasmo cómico.


Ainda falando de elenco não podia deixar de referir uma personagem subentendida ao longo de todo o filme que, apesar de surgir poucas vezes, marca presença magnificamente: o espelho! Já em Mirror Mirror este esteve brilhantemente representado, mas neste filme está realmente soberbo! Uma figura humana que se arrasta desde um enorme prato dourado e se ergue perante Ravenna com uma voz grossa e um tanto ou quanto autoritária. Brilhante.


No que diz respeito à realização a esta bato palmas! Os efeitos visuais estão fantásticos, muito reais e o cenário que mais contribuiu, de longe, para a melhor nota d’A Branca de Neve e o Caçador foi o da Floresta Negra para onde a jovem foge e é encontrada pelo Caçador. Soberba conjugação sonora com efeitos visuais: árvores que ganham formas – uma gárgula, até – chão movediço e venenoso, um infinito de horrores envolvido em névoa com uma impressionante escolha sonora.


O que não podia deixar de faltar: a famosa Maça!! Sim neste filme o desempenho desta deixou-me mais satisfeita, cumprindo o seu objectivo, ao contrário do que aconteceu em Mirror Mirror.


Um filme que aconselho vivamente!!

Espero que tenham gostado!

Carina Diogo

domingo, 24 de junho de 2012

Mirror Mirror

Elenco principal: Julia Roberts, Lily Collins e Armie Hammer


«Ten years passed, and Snow White grew older and blossomed. But the kingdom fell into an icy despair, and the queen realized that if wanted to remain the most beautiful woman in all the land... well... Snow would have to do what snow does best. Snow would have to fall.»

Julia Roberts, The Queen


Este é o mote para uma divertida história (uma das...) sobre a doce Branca de Neve.
Podemos dizer que assistimos a uma tendência, tanto em cinema como em televisão a Branca de Neve é a estrela! Em Once Upon a Time... podemos ver uma Branca de Neve que não sabe que o é; em Snow White: a Deadly Summer uma adolescente dentro de um filme de terror; em Snow White and the Huntsman, apesar de ainda não ter visto (está para breve!!), uma guerreira; finalmente, em Mirror Mirror temos uma Branca de Neve mais convencional: presa num castelo, mandada matar pela Rainha Má, encontra Sete anões, trata da casa deles, faz panquecas, aprende a lutar, vira ladra e beija o Príncipe para o libertar do feitiço da Rainha Má! Ups, lá se vai o convencional!


Apesar de parecer super excitante, na minha opinião o papel perdeu bastante por ter sido interpretado da maneira que foi por Lily Collins. Esta fez uma Branca de Neve muito «sem sal», muito apática, sem personalidade, contrastando com a fantástica personalidade da Rainha Má, interpretada brilhantemente por Julia Roberts!


Posso mesmo dizer que Julia Roberts esteve no seu auge e sem ela o filme perdia a graça toda! Também achei interessante e estava curiosa de ver como iam retratar o espelho neste filme (isto porque com os trailers de Snow White and the Huntsman fiquei fascinada com a maneira como fizeram o espelho!). O espelho, neste caso, funciona como uma realidade paralela para onde a Rainha é transportada de cada vez que quer fazer as suas conspirações. E Julia Roberts interpreta, na realidade dois papéis: pois a imagem reflectida no espelho, interpretada pela mesma actriz, funciona como uma consciência da própria Rainha.


Não seria uma história da Branca de Neve sem o Príncipe! Este foi também muito bem interpretado por Armie Hammer que interpretou uma dupla personagem em Rede Social. Este príncipe chega a ser ridículo, porém funciona muito bem no filme! Por isso, foi uma boa personagem com uma boa representação.


Resta-me dizer que quem ficou realmente abaixo das expectativas e do próprio filme, sendo completamente ofuscada pela Rainha Julia Roberts, foi mesmo a própria da Branca de Neve, fracamente interpretada por Lily Collins. Uma Branca de Neve completamente sem vida ou personalidade que o filme exigia.



Outra critica: para mim não é história da Branca de Neve sem a famosa Maça! Sim, ela apareceu de facto, mas mesmo nos últimos minutos do filme e nem sequer serviu para nada... Mas serviu para reforçar a não-convencionalidade do filme, portanto a fraca aparição da grande estrela do conto funcionou neste caso.



Em suma: um filme divertido para um Domingo à tarde.

Espero que tenham gostado!

Carina Diogo

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Era Uma Vez... [episódios 15 a 18]

Título Original: Once Upon a Time...
Elenco Principal: Ginnifer Goodwin, Jennifer Morrison, Lana Parrilla, Josh Dallas, Jared Guilmore




Depois de uma grande ausência, regresso com a análise de quatro episódios (a fim de acompanhar o canal AXN): episódios 15, 16, 17 e 18 de Era Uma Vez...



Episódio 15 - Red-Handed

Confesso que este foi um dos meus episódios preferidos!!

Em StoryBrook a relação entre a «avozinha» e Ruby não estão muito bem, levando mesmo Ruby a deixar o seu trabalho no café.

Emma faz de Ruby sua assistente, para ajudar a jovem desempregada. Enquanto isto David continua a ser questionado acerca do desaparecimento, ou possível assassinato, de Kathryn.

No mundo dos contos de fadas é-nos introduzido uma das histórias mais conhecidas, se não mesmo a mais conhecida, da nossa infância: a história do Capuchinho Vermelho. Mas, como já esta série nos habituou, com novos detalhes e surpresas.

Capuchinho Vermelho, uma jovem que vive com a sua avó, a famosa «Avozinha», mas que deseja fugir com o amor da sua vida; enquanto isto, a sua aldeia enfrenta a fúria de um lobo sanguinário, como não podia deixar de ser!

Foi sem dúvida a melhor versão deste conto de fadas a que já assisti! (Spoiller alert!!) Quem diria que a bela e amistosa jovem é na verdade a autora destes ataques? Pois bem, o capuz vermelho é, na verdade, um capuz mágico feito pela «Avozinha» e que impede a Capuchinho de se transformar num enorme lobo. Esta transformação é totalmente inconsciente e ela nunca se lembra de nada.

Um intenso episódio que acaba com as suspeitas de assassínio de Kathryn por David, passando a estar sentada no banco dos réus Mary Margaret.


Episódio 16 - Heart of Darkness

Com as suspeitas agora em Mary Margaret, Emma é forçada a prendê-la, prometendo-lhe que irá fazer de tudo para ilibá-la.
Enquanto isto Mr. Gold é contratado para representar Mary Margaret como seu advogado, a pedido da própria.

No maravilhoso mundo dos contos de fada a nossa doce Branca de Neve apresenta-se na casa dos sete anões como uma bela rosa cheia de espinhos! Pois, os efeitos da poção de Rumpelstilskin não só a fizeram esquecer o seu grande amor como lhe inundou o coração de «escuridão», como se esquecesse da princesa doce e bondosa que era.

No fim o «beijo do verdadeiro amor» resolve tudo, claro está, porém o nosso querido Charming é capturado pelos soldados do seu «pai», e Branca de Neve promete que irá salvá-lo.

Gostava de dizer que em StoryBrook Mr. Gold tinha conseguido provar a inocência de Mary Margaret, mas não, esta ainda tem de batalhar muito para provar que não fez nada a Kathryn.


Episódio 17 - Hat Trick

Neste episódio vamos, finalmente, conhecer um pouco do País das Maravilhas, mas não, não vamos conhecer a curiosa Alice, vamos conhecer a história do Chapeleiro Louco, ou melhor, de como um homem, completamente são, se torna num demente rodeado de chapéus!


Em StoryBrook Mary Margaret, farta de estar presa, decide fugir quando vê a chave da sua sela caída dentro da mesma. Emma, vai procurar a amiga para a fazer voltar à sela, pois a sua fuga pode agravar a sua condição.

Infelizmente a nossa heroína é raptada por homem com uma obsessão doentia por chapéus.


No mundo mágico, é-nos apresentado um homem pobre que vive com a sua filha, este é o conhecido Chapeleiro Louco (Sebastian Stan) porém, nesta altura ainda não era completamente louco.

Com é óbvio, a nossa maléfica Rainha Má está envolvida. Esta recruta o Chapeleiro para uma missão secreta, isto porque o seu chapéu é, na verdade, mágico e funciona como um portal, e sim, este vai levá-los ao País das Maravilhas, para a Rainha Má roubar um artefacto da Rainha de Copas.

Algo corre mal, com o dedinho da Rainha Má, e o Chapeleiro fica preso no País das Maravilhas, sem o seu mágico chapéu nunca conseguirá regressar, ficando louco e ocupa os seus dias a fazer dezenas de chapéus para tentar sair dali.

De volta a StoryBrook, o Chapeleiro só liberta Emma se esta lhe fizer um chapéu mágico que o faça regressar aos contos de fadas, sim, este lembra-se de tudo, aliás é esta a sua maldição, pois lembra-se da filha mas ela não se lembra deste, fazendo com que ele não se possa aproximar desta. Ele quer que seja Emma a fazer o chapéu pois acredita que é a única portadora de magia naquele mundo.


O episódio acaba com a descoberta por parte de Emma que Mary Margaret está também presa na casa deste louco e com mais uma vitória da nossa heroína, conseguindo fugir juntamente com Mary Margaret da casa do Chapeleiro, que desaparece misteriosamente, e fazendo com que Mary Margaret regressasse à sua sela, não agravando a sua situação.


Episódio 18 - Stable Boy

É, finalmente, neste episódio que descobrimos o porquê de tanto ódio da Rainha Má por Branca de Neve!

Em StoryBrook Mary Margaret enfrenta seu passado enquanto é perseguida pelo promotor Albert Spencer pelo suposto assassinato de Kathryn e Emma continua à procura de evidências que possam provar a inocência da amiga.

Enquanto isto, na terra de contos de fadas, antes de se tornar má, Regina deve escolher entre trair a mãe, Cora (Barbara Hershey), e se casar com seu amor verdadeiro, ou tornar-se da realeza, casando com o Rei e vivendo uma vida real, mas sem amor.

Sim, Regina nem sempre foi má, é verdade, a sua mãe porém... Portadora de magia, Cora sempre desejou que a filha singrasse na vida e se tornasse poderosa, ora, casar com o Rei era simplesmente perfeito! Este ficou encantado com Regina por esta ter salvado a sua filha, Branca de Neve, quando esta montava um cavalo descontrolado, e, assim, pediu a sua mão em casamento, para delírio de Cora e de Branca de Neve, que adorava a ideia de ter uma nova mãe. Regina não gostou dessa ideia, pois iria pôr a sua relação com um pobre tratador de cavalos, por quem nutria uma enorme paixão, em risco, decidindo fugir com este.

Ela confidenciou a sua história de amor a Branca de Neve, que a compreendeu de imediato e prometeu-lhe que não contaria a ninguém o seu segredo. Porém a sua mãe apanhou-a no momento em que Regina ia fugir com o amor da sua vida, pondo fim à sua vida imediatamente, colocando Regina num enorme sofrimento.

O ódio vem daqui: fora Branca de Neve com a intenção de ajudar a nova amiga a reconciliar-se com a sua mãe que contou a Cora o que Regina tencionava fazer, fazendo com que o seu grande amor morresse. Quando esta descobriu, jurou vingança à «entiada».

É, portanto, revelado o que causou o ódio da Rainha Má por Branca de Neve.

De volta a Storybrook, o episódio termina com Ruby a encontrar Kathryn enlameada, mas viva, no beco atrás do restaurante.


Volto numa próxima com os restantes episódios!

Espero que tenham gostado!

Carina Diogo

sexta-feira, 18 de maio de 2012

My Week With Marilyn

Elenco Principal: Michelle Williams, Eddie Redmayne, Julia Ormond e Kenneth Branagh


Durante o Verão de 1956, Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh) começou, em Londres, a rodagem do filme O Príncipe e a Corista, com Marilyn Monroe (Michelle Williams) como protagonista. O jovem Colin Clark (Eddie Redmayne), na altura assistente de produção do filme, acaba por passar uma semana inteira na companhia da actriz. Assim, enquanto ele lhe mostra todos os recantos da cidade e o estilo de vida britânico, ela mostra-se na sua intimidade: as inseguranças, fraquezas e a sua enorme dificuldade em lidar com a fama.
Com argumento de Adrian Hodges (criador da série Sobreviventes) e realização de Simon Curtis, o filme tem por base dois livros autobiográficos de Colin Clark, onde descreve a rodagem do filme e a semana que marcou a sua vida.


Este é o mote dum filme que mostra Marilyn enquanto humana, mostrando que, além de deusa e estrela de Hollywood, Marilyn era uma mulher insegura, com problemas de auto-estima. Sim, ao que parece a Deusa também tinha problemas além de ter de lidar com os seus melhores amigos diamantes.


Falando agora de Michelle Williams que dá vida à diva das divas, não havia melhor pessoa para interpretar o papel!! Ela está maravilhosa, perfeita, uma Marilyn autentica. Uma excelente performance, chego a dizer que na minha opinião foi o papel que melhor interpretou! Está irreconhecível, está: Marilyn Monroe. Perfeita.


Quando falo em perfeição falo da performance, porque ela interpreta tão bem esta Marilyn, que retrata as suas falhas e imperfeições fabulosamente. O filme retrata um outro lado de Marilyn, o lado mais intimo e pessoal dela, e, sendo humana, tem problemas e amarguras que Michelle interpretou fantasticamente.
Os comprimidos, a necessidade de aprovação, a incompreensão da sua vontade de se afirmar como actriz e a sua incapacidade de lidar com os traumas do seu passado fazem parte da história sensacional da vida da Diva.


Um filme com a presença icónica de Emma Watson, a nossa querida Hermione Granger. Apesar de ter um papel pequeno e com pouca relevância para história, achei que devia falar dela, porque ao que parece a nossa inteligente feiticeira está finalmente a libertar-se da sua personagem de Harry Potter. Apesar da pequena aparição, está a começar bem.


Um filme abafado com a excelente exibição de Michelle Williams, que recomendo vivamente!

Deixo-vos o trailer:


Espero que tenham gostado!

Carina Diogo